Autor Tópico: Marcelo: "Só ganhamos abril se não facilitarmos". O caderno de encargos do PR pa  (Lida 3383 vezes)

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Lucas

O Presidente da República justificou esta noite de quinta-feira a decisão de renovar o estado de emergência. "Temos vindo a reduzir o aumento percentual de novos casos. Ganhámos a primeira fase e teremos de ganhar a segunda".

No dia em que o estado de emergência nacional foi renovado por mais 15 dias, até 17 de abril, Marcelo Rebelo de Sousa voltou a dizer aos portugueses as razões para apertar mais as medidas de contenção nesta segunda fase de pandemia de covid-19, a mais crítica e depois de, como disse, "termos ganho a primeira" fase. Da sua decisão, que foi apoiada pelo governo e pelo Parlamento, destacou um novo caderno de encargos, com particular destaque para o de travar as deslocações nesta época de Páscoa. "Assegurar que por razões de cansaço nesta Páscoa, não colocarmos uns anos de vida e na saúde de todos por uns dias de férias, para dentro, de fora e para fora".

Tal como António Costa já tinha feito, ao apresentar as medidas suportadas pelo decreto do estado de emergência, o Presidente da República apelou aos emigrantes portugueses, aos "compatriotas que quiserem vir para que compreendam as nossas restrições e para que repensem se podem, adiar essa vinda a Portugal". Frisou que a experiência noutros países demonstrou que visitas à família e deslocações custaram 30 a 50 dias de epidemia

O principal foco destes novos quinze dias de restrições passa ainda, segundo as palavras de Marcelo, pela proteção "reforçada" dos grupos de risco, nas casas, nos lares e dos que não têm abrigo. O que poderá fazer toda a diferença no "sucesso da segunda fase" de combate à expansão do novo coronavírus. Igualmente para prevenir que se alastre aos estabelecimentos prisionais, num conjunto de medidas que serão tomadas em conjunto pelo governo, Assembleia da República, poder judicial e pelo próprio Presidente que tem o poder de indulto. E abrir a porta para a definição dos cenários para o próximo ano letivo, que serão anunciados pelo governo no dia 9 de abril.

"Só ganhamos abril senão facilitarmos", garantiu o Presidente, lembrando que a epidemia passará por quatro fases e que só ganharemos a batalha "se não baixarmos a guarda". Admitiu que irá custar ver o número de casos subir, e muitos irão subir, até dia 17, até porque os testes estão a aumentar. "Tem sido e continuará a ser uma mudança radical, que pode valer milhares de vidas salvas".