A confirmar-se a estimativa da Organização Mundial do Comércio, a quebra do comércio mundial deverá ultrapassar a provocada pela crise financeira de 2008, e cifrar-se entre os 13 e os 32 por cento, quebras generalizadas de "dois dÃgitos", em "em praticamente todas as regiões do planeta".
"Milhões de pessoas em todo o mundo já perderam o seu emprego e os seus rendimentos", alertou o diretor da OMC, Roberto Azevedo, durante uma conferência de imprensa em Genebra.
América do Norte e Ãsia deverão enfrentar uma quebra particularmente severa, devido a quebras de exportações que poderão oscilar entre os 40 e os 36 por cento, respetivamente, na perspetiva mais pessimista. Europa e América do Sul poderão esperar quedas igualmente superiores a 30 por cento.
"Diante do que poderá ser a recessão mais grave ou o revés económico mais sério do nosso tempo, devemos utilizar todos os motores potenciais de um crescimento duradoiro para reverter a situação", aconselhou.
"Os Governos do mundo inteiro podem e devem lançar as fundações de uma recuperação enérgica e inclusiva", acrescentou Azevedo. "Se os paÃses trabalharem juntos, iremos assistir a uma recuperação mais rápida e sólida do que se cada paÃs agir sozinho", rematou o responsável.