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Abril determinante no combate à pandemia
« em: Abril 07, 2020, 03:39:47 »
Durante a mesma intervenção, Marcelo Rebelo de Sousa alertou que o corrente mês de abril vai ser decisivo no combate à pandemia do novo coronavírus.

"Depois tivemos de começar pelo princípio, e o princípio é a vida e a saúde. Não podemos facilitar nesse combate que ainda não está terminado. Há sinais positivos nos últimos dias, mas são sinais. Parece estar terminado, mas não está. O mês de abril é determinante. Os meses seguintes são também importantes, mas este é determinante. Até ao final de abril esperamos ver se se consolida ou não aquilo que é a tendência aparente neste momento", realçou.

O Chefe de Estado chamou ainda a atenção para o facto de este combate à Covid-19 não ser uma luta pelos grupos de risco, mas por toda a sociedade.

"Todos também percebemos que não se trata de um combate por um grupo de risco, pelo idosos ou pelos doentes com certas vulnerabilidades, mas por toda a sociedade. Temos resistido, e bem, a pensar e a sentir que podíamos fechar apenas protegendo idosos e doentes mais vulneráveis, deixando o resto da sociedade levar uma vida normal como se a crise lhe não respeitasse. Tudo seria mais fácil e mais certo. Não seria. Como não seria se o grupo de risco fossem crianças e jovens. Se pensássemos assim estaríamos a criar guetos e discriminações. No fundo, xenofobias involuntárias e é irrealista. Os idosos de que falámos são quase um terço da nossa população, e se somarmos os doentes mais vulneráveis estamos perto de 40%. Não há como uma democracia que respeita a pessoa marginalizar 30 ou 40% da sociedade, não esquecendo de que somos dos quatro ou cinco países da Europa mais envelhecidos e dos países da Europa com mais imigrantes na Europa, dos mais abertos à circulação de pessoas e ao turismo", atirou.

"Por outro lado, sabemos que nenhuma crise como esta é fácil e isenta de erros, de recuos, atrasos avanços, de ajustamentos constantes. Não vale a pena negá-lo, e não vale a pena negar que economias, sociedades e sistemas mais frágeis têm de se superar para responder a desafios assim. Somos uma sociedade com fragilidades, desde logo na demografia, e outras nos sistemas sociais e administrativos e políticos. Como outras sociedade que enfrentaram este desafio não esperado também isso me influencia na resposta, como ela é dada e vai sendo corrigida ao longo do tempo", alertou.

Segundo o chefe de Estado, "à medida que o sufoco sanitário passa", o que disse esperar que aconteça durante este mês, "importa que economia e sociedade se normalizem", com a consciência de que "vai ser um arranque lento, desigual e difícil".